A alta no preço do saco de café resultou em um aumento nas compras de eletrodomésticos nas lojas de Lajinha nos últimos dois meses. Na Eletrozema, localizada no centro da cidade, já faz mais de 15 dias que os vendedores não conseguem exibir os produtos nas prateleiras. Itens como televisores, fogões e outros aparelhos têm se esgotado em poucos dias. O vendedor Gean, da Eletrozema, explicou que o preço que os produtores pagam aos pangadores de café (por balaio) é um fator importante. Gean mencionou que muitos afirmam que conseguem reunir uma boa quantidade de balaios, fazendo com que o dinheiro seja movimentado na cidade. O vendedor também informou que uma carreta cheia de eletrodomésticos vinda do depósito em Araxá (MG) deve chegar na próxima semana. De acordo com Fabiano Ambrósio, presidente da Acial de Lajinha, a expectativa de boas vendas deve persistir até o término da colheita, uma vez que o preço do saco de café já ultraou os dois mil reais.
Os preços do café arábica estão em alta devido a safra deste ano ter sido prejudicada devido a seca, defasagem cambial e nervosismo do mercado de acordo com economistas consultados pela CNN.
Os grãos atingiram patamares recordes nesta terça-feira (10), com agentes preocupados com perspectivas da produção do do Brasil após uma das maiores negociadoras da commodity reduzir sua previsão de produção de arábica do país em 2025/26.
Os valores negociados subiram cerca de 80% este ano, impulsionados também por preocupações com safra do Vietnã, maior produtor de robusta, que também teve produtividade afetada por fatores climáticos.